Concertos Didáticos apresentam sons dos metais para alunos de escolas públicas

O projeto Concertos Didáticos, iniciativa da Fundação Carlos Gomes em parceria com as secretarias de Estado de Educação (Seduc) e Cultura (Secult) e a Secretaria Municipal de Educação de Belém (Semec), recebeu na manhã desta sexta-feira (17) 650 estudantes de cinco escolas estaduais da Região Metropolitana de Belém, que assistiram aos músicos do Quinteto de Metais, no Theatro da Paz.

Antes do concerto, os alunos conheceram os espaços e referências culturais do Theatro da Paz. À tarde, mais 650 alunos de escolas públicas estaduais e municipais da região metropolitana – totalizando 1,3 mil – participaram dos Concertos Didáticos. A ação é parte do Pacto pela Educação do Pará, desenvolvido pela Seduc.

Pela manhã, assistiram ao concerto alunos do ensino fundamental das escolas estaduais Santa Helena, Celina Anglada e Humberto de Campos, do bairro do Guamá, e Renato Franco e Mário Chermont, da Cremação. “Com esses dois concertos, a Fundação Carlos Gomes completa doze apresentações este ano, possibilitando que 8.470 alunos de escolas da Grande Belém tenham acesso ao universo da música, clássica e contemporânea, e recebam informações sobre os instrumentos usados pelos músicos”, disse a pianista Ana Maria Adade, coordenadora do projeto.

Atentos e em silêncio – quebrado apenas para os aplausos ao final de cada música – os estudantes viram o Quinteto de Metais executar seis composições de autores variados, intercaladas por informações sobre os instrumentos de metal, aproveitando a acústica singular do teatro. No palco, o som dos metais contou com os professores Kelson Pinheiro (trombone), Leonete Navegantes (trompa), llson Cruz (trompete), Fábio Moraes (tuba) e Joabe Nunes (trompete). Em uma das explanações sobre os instrumentos, as que versaram sobre a tuba (pelo músico Fábio Moraes) e trompa (professora Leonete Navegantes) chamaram a atenção dos jovens.

Como os outros instrumentos, a trompa é muito antiga, e foi evoluindo ao longo dos sons e história humanos até alcançar o formato atual. Nos primórdios, esse instrumento chegou a ser feito de chifre para atrair caça e, depois, foi usado para a comunicação entre cidadãos.

“Gostei muito do trombone, da música toda, porque ela é diferente do que a gente escuta no dia a dia, é uma música diferente”, disse a estudante Eslane Tavares, 11 anos, do quinto ano. Cristian Almeida, 10 anos, ficou bem na frente do palco do teatro. “Gostei do som da trompa e quando a professora mostrou que se toca com a mão dentro do instrumento, e também quando ela tocou só com a boca, os lábios”, ressaltou. Para o aluno Felipe Gemaque, 12 anos, todo o concerto foi interessante, porque “é uma música para se ouvir, não para dançar”. “Estudo violão, e foi muito bom conhecer outros sons que integram uma orquestra”, arrematou a estudante Kellyane Baldez.

Ao lado dos estudantes na audição do som dos metais estava o maestro escocês Richard Markson, que atua no projeto Orquestra, da Fundação Carlos Gomes. O concerto do projeto reunindo alunos da fundação e escolas de música de Belém ocorre no dia 7 de novembro, no Theatro da Paz. Ele apreciou a presença em massa dos estudantes para ouvir o Quinteto de Metais.

O professor Kelson Pinheiro, do Quinteto, afirmou ter sido uma experiência prazerosa tocar para os estudantes. Para a professora Luciane Marques, 30 anos, da Escola Santa Helena, foi uma manhã inesquecível. “Nunca tinha vindo ao Theatro da Paz, e estar aqui, agora, com os estudantes é emocionante”, frisou. À tarde, alunos das escolas estaduais José Assis Ribeiro e Oneide Tavares, ambas de Ananindeua, e escolas municipais participam dos Concertos Didáticos.