O Coro Carlos Gomes se apresentou na manhã desta segunda-feira (03) no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia durante a cerimônia de abertura da Assembléia Geral do Comitê Permanente da América Latina para a Prevenção do Crime – Coplad, que está sendo realizado em Belém esta semana.
Sob a regência de Amílcar Gomes, regente titular do Coro, o grupo artístico da Fundação Carlos Gomes interpretou o Coro dos Escravos Hebreus, da Ópera Nabucco, do compositor italiano Guiseppi Verdi. A ópera foi escrita durante a ocupação austríaca no norte da Itália e trouxe de volta o sentimento nacionalista italiano. A estréia ocorreu em março de 1842 no Teatro Scala de Milão. O Coro dos Escravos Hebreus, no terceiro ato da ópera, é o lamento de um povo que chora pela ‘pátria minha, tão bela e perdida’, e tornou-se uma música símbolo do ressurgimento da Itália.
Os cantores foram acompanhados pelo pianista Sérgio Sena, que é professor do Instituto Estadual Carlos Gomes (IECG).
A cantora lírica Marianne Lima, que é integrante do Coro, disse que a composição foi a primeira música que ela interpretou quando tinha apenas 16 anos. ‘É uma música muito famosa e cheia de simbolismo. Tem sentido de libertação. São os escravos lembrando da sua terra natal’, contou a artista.
A Assembléia do Coplad tem o objetivo de analisar, votar e aprovar o relatório do Comitê que será apresentado no 13º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção do Crime e Justiça Criminal, que será realizada de 12 a 19 de abril de 2015, no Qatar.
A reunião em Belém vai até o dia 04 de novembro.
NABUCCO (Giuseppi Verdi)
Coro dos Escravos Hebreus
Va’, pensiero, sull’ali dorate
Va’, pensiero, sull’ali dorate.
Va’, ti posa sui clivi, sui coll,
ove olezzano tepide e molli
l’aure dolci del suolo natal!
Del Giordano le rive saluta,
di Sionne le torri atterrate.
O mia Patria, sì bella e perduta!
O membranza sì cara e fatal!
Arpa d’or dei fatidici vati,
perché muta dal salice pendi?
Le memorie del petto riaccendi,
ci favella del tempo che fu!
O simile di Solima ai fati,
traggi un suono di crudo lamento;
o t’ispiri il Signore un concento
che ne infonda al patire virtù
che ne infonda al patire virtù
al patire virtù!
Tradução:
Vá, pensamento, sobre as asas douradas
Vá, e pousa sobre as encostas e as colinas
Onde os ares são tépidos e macios
Com a doce fragrância do solo natal!
Saúda as margens do Jordão
E as torres abatidas do Sião.
Oh, minha pátria tão bela e perdida!
Oh, lembrança tão cara e fatal!
Harpa dourada de desígnios fatídicos,
Porque você chora a ausência da terra querida?
Reacende a memória no nosso peito,
Fale-nos do tempo que passou!
Lembra-nos o destino de Jerusalém.
Traga-nos um ar de lamentação triste,
Ou o que o Senhor te inspire harmonias
Que nos infundam a força para suportar o sofrimento.
Foto: Eliseu Dias (Agência Pará)
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