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Painel Funarte reúne instrumentistas na Ilha do Marajó

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Um dia inteiro de atividades musicais com professores de várias regiões do país. Foi para participar dos cursos ofertados pela Funarte em parceria com a Fundação Carlos Gomes que a saxofonista Ingrid Ribeiro viajou doze horas de barco para chegar a Salvaterra, na ilha do Marajó. A jovem é uma das centenas de instrumentistas de bandas de música que estão no município participando de cursos voltados principalmente para instrumentos de sopro e percussão. “Vim com 40 pessoas da banda da minha cidade. Está sendo muito legal”, diz.

O músico Tobias Silva, que faz parte da banda de Bujaru, no nordeste do Pará, participa pela terceira vez dos cursos promovidos pela Funarte no Estado. Ele toca saxofone, mas este ano decidiu fazer o curso de arranjo para bandas de música. “Não perco o Painel. É a oportunidade que temos de aprimorar o conhecimento musical. O que aprendo aqui eu repasso adiante”, conta.

Pelo quarto ano seguido, o Painel Funarte de Bandas de Música ocorre no Pará. O evento reúne  jovens de 40 municípios paraenses, e em 2014 atraiu para o Marajó também músicos oriundos de outros Estados brasileiros. Há pessoas que viajaram do Maranhão, Tocantins, Ceará, Amapá, Roraima e Pernambuco para aperfeiçoar o conhecimento musical nos cursos com 14 professores de fora do Estado.

O superintendente da Fundação Carlos Gomes, Paulo José Campos de Melo, diz que as dificuldades, principalmente as geográficas, foram superadas pela intensa atividade pedagógica dos Painéis. ‘Mesmo com toda a dificuldade e a distância, o número de participantes foi significativo. Tivemos mais de 500 inscritos”, informa, explicando que o Pará se tornou referência para o país. “O trabalho feito no Pará tem tido uma divulgação bem maior, o que fez com que outros Estados entrassem em contato com a Fundação para obter informações sobre o que vem sendo produzido aqui”.

O maestro Marcelo Jardim, que é consultor pedagógico dos painéis, diz que o Pará tem procura maior que uma região inteira. De acordo com ele, isso se deve ao trabalho que a Fundação Carlos Gomes desenvolve no interior do estado com as bandas de música. “A demanda é muito grande aqui. Existe um desejo de aprender música. Eles se consideram únicos dentro do grupo. Quem vem não está interessado só em aprender um instrumento, mas em fazer parte de uma família”, avalia.

Paulo Campos de Melo explica como funciona a dinâmica dos cursos e ensaios. “São dois painéis em um só. Enquanto uma banda ensaia, outra está em sala de aula. São quatro bandas ensaiando, e as quatro se apresentam e com repertório diferente. É uma semana intensa, mas que além da motivação traz a oportunidade de aperfeiçoar a técnica musical”, detalha.

Este ano foi grande a procura de alunos iniciantes, muitos vindos de cidades do próprio Marajó. Uma das oficinas que mais recebeu inscritos foi a de manutenção e recuperação de instrumentos. “Existe uma carência muito grande aqui de uma formação mais sólida em varias áreas da atuação musical. As bandas têm instrumentos danificados e não há quem possa consertar. Por isso, é importante levar esse tipo de curso para formar pessoas que possam atuar na manutenção desses instrumentos nas bandas de músicas”, reforça o superintendente.

A coordenadora dos painéis, Rosana Lemos, diz que o sucesso da edição paraense do Painel de Bandas tem muito a ver com o trabalho desenvolvido pela Fundação Carlos Gomes na organização do evento. “É uma história de amor que começou há quatro anos. O Pará foi o grande diferencial dos Painéis Funarte a partir do Painel de Ponta de Pedras, em 2011. Foi um divisor de águas”, conclui.

 

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