O músico Renato Pinheiro e a namorada Cibele Donza foram alguns deles. Antes do concerto, o músico contou que já aguardava há algum tempo pela apresentação do Quinteto. “Conheço já há bastante tempo e sempre me interessei. Consequentemente sempre procurei acompanhar o que eles fazem. Mas essa é a primeira vez que tenho a oportunidade de vê-los mesmo ao vivo em Belém. Pelo menos, particularmente não lembro de já ter tido outra apresentação deles aqui”, comentou Renato, que integra o time da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP).
No sábado, 7, durante a apresentação da Orquestra Sinfônica do Festival, Renato terá a oportunidade de dividir o oboé, seu instrumento de ofício, com Carlos Justi, do Quinteto Villa Lobos. “O bacana do festival é justamente proporcionar essas oportunidades maravilhosas, tanto para nós músicos, quanto para o público. Acredito que ele é mesmo um presente para a cidade e para todos aqueles que gostam de música. No meu caso será um prazer imenso poder dividir o palco com vários músicos que admiro, especialmente ele”, afirmou.
Durante o concerto, o Quinteto apresentou músicas de Gyorgy Ligetti, Ronaldo Miranda, Heitor Villa-Lobos, Marcelo Nobre e do compositor carioca Guinga, que também inspirou o grupo para a gravação do último álbum, o “Rasgando Seda”, totalmente dedicado à música do compositor. O trabalho, que conta com arranjos inéditos e a participação de Guinga ao violão em oito das 12 faixas – em uma delas ele também canta, o que é considerado um fato raro - foi indicado recentemente ao Grammy Latino. No Theatro da Paz o grupo tocou “Di Menor”, “Blue Eyes” e “Coco do Coco”.
A família da advogada Deise Hackemann, 40, também marcou presença na apresentação. “Estamos acompanhando tudo que podemos do festival porque gostamos muito de viver música e cultura em geral, e queremos que nosso filho também cresça com isso”, afirmou Deise, acompanhada do marido, Frederico, 43, e do filho, o pequeno Björn, de 5 anos. “A iniciativa é maravilhosa porque ao longo do ano ainda somos carentes dessas apresentações. Então vamos acompanhar os outros dias também, queremos aproveitar ao máximo da programação”, acrescentou Frederico.
Além do Quinteto, a família também prestigiou a apresentação do grupo Anima, na Igreja de Santo Alexandre. O grupo, que nasceu há 25 anos como resultado de reflexões sobre a performance musical e a memória musical brasileira, apresentou o espetáculo “Encantaria – Matrizes da Música Brasileira” e envolveu o público, ao contar, em forma de concerto, o mito do Rei Encantado, o Rei Encoberto, Dom Sebastião, desaparecido na Batalha de Alcácer Quibir, em Marrocos, em 1578. No espetáculo, ele ressurge no Brasil de ontem e de hoje.
Para a apresentação, o grupo formado pelos músicos Luiz Fiaaminghi (rabecas brasileiras e vielle), Gisela Nogueira (viola de arame e violão), Marlui Miranda (voz, percussão e flautas indígenas-brasileiras), Paulo Dias (percussão, organetto e cravo), Silvia Ricardino (harpa medieval) e Valéria Bittar (flautas medieval, renascentista e barroca, e flautas indígenas brasileiras) contou com a participação da cantora Cecilia Arellano, nascida na Argentina, mas criada no Brasil, e que carrega o título de artista multifacetada. No espetáculo, o grupo seguiu a sua proposta, de narrativa e canto.
Nesta terça-feira, 3, a programação tem início às 18h, com a apresentação do Muiraquitã Jazz, no anfiteatro Pedro Nolasco, da Estação das Docas. Às 19h, o público tem três opções: a apresentação de Flávio Augusto (piano) e Eduardo Monteiro (flauta), no Teatro Waldemar Henrique; a Orquestra Jovem da Fundação Carlos Gomes, na Igreja de Santo Alexandre; e o Grupo de Flautas Doces do Carlos Gomes, na Catedral Metropolitana. Já às 20h30 o Pampa Brass, da Argentina, sobe ao palco do Theatro da Paz.
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