O show "As Musas" reuniu as cantoras paraenses Andrea Pinheiro, Alba Maria, Patrícia Rabelo e Maria Lídia, acompanhadas por Paulo José Campos de Melo, ao piano. Quatro vozes distintas e de estilos diferentes se revezavam no palco numa verdadeira reunião de amigos que desfilavam um repertório de canções nacionais e internacionais, muitas vezes convidando o público a cantar junto e a fazer parte do show.
Paulo José conta que a ideia do show reflete um pouco do próprio festival, que se mantém reunindo atrações diversas. “Convidei quatro cantoras de qualidade extraordinária e com timbres e estilos diferentes, para mostrar a qualidade e a diversidade da nossa música e o resultado foi conferido pelo público esta noite. Foi uma apresentação divertida para todos nós”, afirmou o maestro, que também está à frente da coordenação do festival.
“Apesar do número de apresentações terem sido reduzidas nesta edição do Festival Internacional de Música, este é o ano com maior diversidade de gêneros, estilos e focos sonoros. Temos música de câmara, música popular, música instrumental, entre outros. No encerramento do festival teremos uma orquestra de virtuosos, que é uma orquestra no nível das grandes filarmônicas do mundo, que tem o repertório mais difícil entre os apresentados nesses anos de festival”, destacou o maestro Paulo José Campos de Melo.
O arcodeonista Renato Borghetti levou a música gaúcha para o palco e fascinou o público com seu estilo inconfundível, numa mescla de folclore e modernidade. Uma viagem musical que ultrapassa as fronteiras do Rio Grande do Sul e aporta com facilidade em xotes e forrós, sem perder o sotaque gaúcho. Para o cantor e estudante de composição Almirzinho Gabriel, é justamente a manutenção do estilo gaúcho que faz a música de Borghetti universal.
“É bacana ver ele no palco, tocando vários estilos sem perder a sua identidade gaúcha e isso é o que mais me surpreende no trabalho dele. O festival tem essa loucura de reunir em Belém músicos de peso, inclusive os nossos, e a gente tem a oportunidade de se divertir e também de aprender. Vim para esses shows como plateia e como estudante, já que estou terminando um curso de composição. É um grande aprendizado”, contou Almirzinho Gabriel.
Esta foi a terceira apresentação de Renato Borghetti em Belém e a primeira no Festival de Música. Para o artista, Belém tem uma boa relação com a cultura. “Passeando pela cidade a gente pode observar isso. Não é à toa que o festival se mantém por todos esses anos. Eu encontrei vários amigos músicos aqui, cada um longe da sua casa, mas fazendo parte dessa mesma celebração. A gente quer mostrar um pouco da nossa cultura, que é diferente da cultura daqui e, ao mesmo tempo, é tão brasileira quanto e isso é o bonito do festival”.
A professora Lílian Silva e o biólogo Leonardo Henriques aprovaram a programação. Os dois estão acompanhando as apresentações do Festival e já haviam passado pelo Teatro da Paz antes de chegarem ao CamarIN Cultural. “Estou gostando muito. A gente tem a chance de ver músicos do mundo inteiro e de vários estilos musicais. Eu vim essa noite por causa do Borghetti e estou voltando emocionada pra casa, pois eu era criança quando assisti ao show dele com a minha mãe”, afirmou Lília Silva.
Para Leonardo Henriques, o Festival surpreende pela diversidade musical e pelos locais onde as apresentações são realizadas. “Viemos do Teatro da Paz, onde a acústica nos proporciona ouvir cada instrumento que está no palco e nos convida a silenciar na plateia. Aqui no CamarIN o clima é de pura festa, a gente fica bastante a vontade. São espaços diferentes que nos levam a experiências diferentes, sempre com apresentações fantásticas”.
A apresentação desta noite no CamarIN Cultural fica por conta do Sátira In Concert. Confira a programação completa do XXVII Festival Internacional de Música no www.fimupa.com.br.
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